Brumadinho e Mariana, afetados pela negligência


Por Célio Barcellos

    Não faz muito tempo os moradores da cidade de Mariana viram uma enorme avalanche de lama destruir sonhos, vidas e praticamente assassinar um rio. De Minas Gerais ao Espírito Santo, todas as cidades que beiram o Rio Doce foram afetadas. Foi uma tragédia que até o momento causa dor e um sentimento de injustiça, pois as famílias ainda não foram ressarcidas dos prejuízos causados.
Infelizmente, na sexta-feira (25/01), a tragédia se repetiu. Não precisamente em Mariana, mas em Brumadinho, também no Estado de Minas Gerais. Dessa vez, a responsável não foi a Samarco, mas a Vale, ambas mineradoras de renome internacional que faturam bilhões de dólares anualmente. Se fosse nos Estados Unidos, essas empresas teriam que pagar bilhões devido a seus erros. Porém, parece que no Brasil, elas não se preocupam com possíveis tragédias, por saber que não doerá tanto no bolso. 
Até o momento, a tragédia em Brumadinho, tem o saldo de 37 mortos e mais de 250 pessoas desaparecidas. Além de crime ambiental, desastres como esse, deveriam ser evitados,  pois deixam rastro de morte e sofrimento humanos. Quantas famílias estão desesperadas por se depararem com entes queridos mortos? Quanta ansiedade por notícias dos desaparecidos? Quantos feridos, machucados e possivelmente inválidos pelo resto da vida? 
Na realidade, não tem dinheiro que pague uma vida, pois ninguém tem o poder de trazê-la de volta. Em função disso, bem que os poderosos do dinheiro poderiam ter um compromisso maior com a vida e dignidade das pessoas. Tragédias como as de Mariana e Brumadinho tendem a assombrar a mente e mostrar o quanto de descuido existe no tratamento com o meio ambiente e com o ser humano. 
Esses taludes da engenharia humana quando se rompem, causam estrondos e descem como tsunamis capazes de grandes devastações. Ainda bem que pessoas solidárias se envolvem com o objetivo de amenizar a dor dos afetados. Além dos voluntários e da Defesa Civil, o povo de Brumadinho também está recebendo ajuda de Israel, Pais do Oriente, que detém uma tecnologia capaz de localizar pessoas soterradas. 
Enquanto profissionais e voluntários fazem o seu melhor, nós que estamos distantes, nos unamos em oração em prol de Brumadinho. Como bem escreveu Odailson Fonseca no twitter: “Todos nós morremos um pouco debaixo desta lama toda.” De fato estamos de luto, pois os moradores de Brumadinho são de Minas e Minas é Brasil.
#ForçaBrumadinho! Estamos com você.  

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