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Deomira, a louca

  Por Célio Barcellos Ela era uma mulher negra, forte, de cabelos grisalhos e media por volta de 1,77 de altura. Vivia a  perambular nua pelas ruas da pacata Vila de Itaúnas dos anos 1980.  O seu nome era Deomira. De andar rápido e pisadas fortes, normalmente pressionava os maxilares sem dentes numa mistura de agonia e de fadiga. Aquelas gengivas impactadas por sua impaciência eram testemunhas de uma comovente frase: “Ai minha mãezinha! Ai minha mãezinha!  O clamor que brotava de seus lábios talvez fosse lembranças de sua saudosa mamãe nos possíveis lampejos de sobriedade daquela terrível esquizofrenia que lhe assombrava.  Deomira era natural da antiga Vila de Itaúnas. Um lugar encantador que não conheci, mas que tenho guardado na memória uma vivência quase que atemporal em função das muitas histórias contadas por meus avós e por meus conterrâneos nativos.  Há mais de seis décadas a antiga Vila foi soterrada e deu lugar a Dunas que chegam a 30 metros de altura.  Deomira, a personagem p

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