Evangelismo e finanças andam juntos

 


Por Célio Barcellos
Não existe pregação efetiva do evangelho sem o envolvimento ativo dos membros da igreja e sem a prática genuína da Mordomia Cristã. 

O grande desafio da igreja é compreender seu papel na proclamação do Reino de Deus, evitando dicotomias e paradoxos, especialmente quando o tema envolve finanças e evangelismo. 

O tão aguardado reavivamento depende do batismo do Espírito Santo, que tem a árdua missão de converter não apenas os corações, mas também os "bolsos" de seres humanos fascinados por um mundo material e cada vez mais distantes do que é eterno e transcendente. 

Se desejamos viver a experiência apostólica de Atos 2, precisamos urgentemente retornar às Escrituras, à oração, à santidade e à missão. 
Irmã Neusa e equipe do Ministério da Mulher na linda ornamentação 

Atualmente, em alguns contextos, falar sobre finanças soa quase como um sacrilégio, tamanha é o apego ao material e a incompreensão da mordomia. 

É como se o assunto fosse pecaminoso: se as palavras "dízimos" e "ofertas" fossem pessoas, elas seriam consideradas "personas non gratas" na congregação. 

No entanto, é essencial quebrar essa visão equivocada e adotar uma postura de fidelidade ao devolver ao Senhor o que Lhe pertence – seja nos talentos, no sábado, no corpo como templo do Espírito Santo ou nos recursos financeiros como tesouros. 

Além disso, para que isso se torne realidade, é preciso romper com a incredulidade e apresentar de forma transparente a sistematização financeira da igreja. Foi exatamente isso que aconteceu neste domingo (28), durante uma cerimônia batismal. Além da pregação habitual, dedicamos alguns minutos a explicar esse tema espinhoso chamado mordomia.

Com a visita de um dos administradores da APaC (Pr. Jailton Borges, diretor financeiro) e do departamental de mordomia (Pr. Natanael de Jesus) à igreja de Santo Antônio de Posse, percebi que não podíamos deixar a oportunidade passar sem um esclarecimento melhor sobre o assunto. 


Como pastor do distrito, sugeri ao Pr. Natanael que reservasse um tempo para falar sobre o tema. Inicialmente, ele hesitou, pois não é comum tratar disso em uma ocasião batismal. Mas ele entendeu a importância, especialmente porque a igreja havia acabado de receber uma generosa subvenção da Associação para a reforma do prédio.

E foi uma bênção! O Pr. Natanael apresentou um resumo rápido do período inicial da igreja adventista nos Estados Unidos e uma comparação com os dias atuais. De 3.500 membros na época de sua organização, em 1863, a igreja adventista cresceu para mais de 20 milhões de membros reunidos em mais de 200 países. 

Apesar de existirem movimentos contrários à distribuição global dos recursos, que defendem uma administração 100% local em um modelo mais congregacional do que representativo, a história do adventismo demonstra que seguir as orientações de Deus para a igreja – mesmo imperfeita – é o caminho mais sábio.


Portanto, se cada membro estiver disposto a ser pastoreado, discipulado e envolvido na missão, veremos cada vez mais vidas transformadas e cenas de batismos, pois é para isso que a missão existe. 

Você sonha em testemunhar um Pentecostes na igreja? Então, busque a Palavra de Deus, ore com fervor, cultive a amizade com a santidade e mergulhe de cabeça na missão. 
Marisa, Artur e Nicolas, são frutos do trabalho pessoal de Márcio Padilha, representado pela esposa, filho e nora

Ao fazer isso, você não criará problemas na igreja, não competirá com o pastor, não sabotará a missão nem reterá o que não lhe pertence, pois seu foco estará no Reino. E se o Reino é de Deus, ai daquele que ousar interferir em seu avanço! Nunca se esqueça: evangelismo e finanças andam de mãos dadas.

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