Ano novo, novos ideais

 



Por Célio Barcellos

Todo ser humano passa por angústias no curso da existência. Fernando Pessoa por exemplo, grande escritor português, em seu soneto, “Aconteceu-me do Alto do Infinito”, dá a entender que viveu antes da vida, como se a “alma” fosse uma entidade fora do corpo e que o seu “eu” pessoal fosse “fosco” e banido do país de onde estava.

Se analisarmos outro escritor português, Luís de Camões, em seu soneto, “Na Ribeira do Eufrates Assentado”, notaremos pensamentos nostálgicos que provocam certa saudade da terra.

Nos dias de Camões era bastante comum o rei mandar para o exílio um desafeto ou subversivo. Camões experimentou o exílio. Contudo, apesar de exilado, os seus pensamentos conseguem mesclar a associação do povo judeu na Babilônia com o seu estado mental de um idealismo português.

O cidadão português dos dias de Camões em diante se fixou num sebastianismo medieval capaz de criar um movimento profético messiânico com a figura de Dom Sebastião, rei desaparecido na batalha de Alcácer Quibir, que iria regressar a Portugal para uma nova época de esplendor. 

Em seu soneto, Camões se refere a Portugal como Sião e a glória se refere a vitória do povo hebreu que sempre venceu o mal. Apesar do exílio, Camões mantinha firme a lembrança da vitória sobre o mal. 

Pois bem, do ponto de vista cristão e secular, desde Camões, Pessoa até os dias atuais, já aconteceram muitas viradas de ano e ainda continuamos nesta terra com os nossos planos, angústias e nostalgias. 

No que se refere à religiosidade, Camões se mostra mais devoto ao cristianismo. Por outro lado, Pessoa tinha a linha agnóstica, voltado para a cabala e práticas do exoterismo e do espiritualismo. Ele era um tanto adverso ao catolicismo. 

É bem provável, que mentes revoltantes como as de Pessoa em relação ao cristianismo existem por causa da falta de cristianismo dos cristãos. 
Em que podemos, a partir deste novo ano melhorar como cristãos? 
Quais sãos os objetivos traçados no sentido de transformação? 
Será que manteremos os mesmos pedidos de paz e prosperidade num sentido estritamente terreno à espera de um Sebastião para a solução dos nossas problemas materiais? 
Ou será que reconheceremos que somos pecadores e que carecemos do perdão divino para uma mudança radical com o intuito de um dia chegarmos na glória com um monte de gente a tiracolo por causa do testemunho dado? 

Por conseguinte, essas mudanças não servem apenas para os cristão, mas para todo ser pensante que mesmo em seus conceitos ou incredulidades, são capazes de refletir no que é certo ou errado.

Nos devaneios de Pessoa no que se refere ao infinito, uma vez que nenhum ser humano de fato, conhece o infinito, tem-se a sensação de que os problemas vividos por cristãos no quesito da existência, são também vivenciados por quem tem desprezo a Deus e a religião. 

O fato é que mesmo afetados pelo tempo e pelas angústias, o ser humano tem dentro de si um anseio de felicidade para além desta vida. 

Por exemplo, os cristãos creem na volta de Jesus e entendem que essa é a solução definitiva para os reais problemas que somos incapazes de solucionar.

Por outro lado, há os que debocham disso como se isso fosse uma espécie de sebastianismo permanente e ilusório. 

Contudo, há algo em comum em ambos: a doençae a morte. Essas duas pragas originadas pelo pecado, derrubam pobres, ricos, ateus, agnósticos, cristãos ou qualquer ser humano que se identifique nas muitas vaidades humanas. 

Uma coisa é certa: todo ser humano anseia por felicidade. E na virada do ano, muita gente estará em busca de prazer para o preenchimento de vazios existenciais. 

Muita gente será capaz de loucuras para a satisfação de seus delírios. Em atos infiéis e libidinosos, pessoas estarão em orgias, drogas, bebidas, roubos, assassinatos e tantos outros atos transgressores à Lei de Deus e às leis que organizam a sociedade. 

Atos esses que aumentam o vazio da existência na angústia de um limbo sem fim. 

Que tipo de novo ano você espera? Vai depender de suas escolhas. Vai depender de como você encara a vida. Vai depender do que você e eu colocamos em nosso cérebro. Se coisas que elevam os pensamentos ou se coisas que deturpam a vida humana. 

No emaranhado de conceitos e dúvidas humanos, qual tem sido a sua busca? 

Que este ano novo não seja feliz apenas de palavras e gargalhadas, mas de atos recíprocos, amoráveis e fraternos, pois o verdadeiro viver cristão propõe o que há de melhor para o ser humano – Jesus Cristo.

E, lembre-se, que o verdadeiro prazer e felicidade está na lei do Senhor e na meditação que fazemos dela para as escolhas da vida (Salmo 1:2). 

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