O passado triste não existirá

 


Por Célio Barcellos
Normalmente, a maior parte dos pensamentos do ser humano se encontra no passado. Infelizmente, o passado muitas vezes deprime, pois tende a inserir a pessoa num contexto que não tem mais volta, pois o tempo só corre para o futuro. 

No entanto, há ótimos momentos que passaram que ao relembrar-mos deles somente nos fazem repletos de alegria e de saudades. 

Quantos de nós por exemplo ao recordarmos de nossa infância nos sentimos como Casimiro de Abreu recitando “Meus Oito Anos”?!

Muitas vezes viajamos no passado de forma tão intensa que sentimos cheiro de coisas e ambientes que convivemos. Até mesmo o cheiro e as cores dos terrenos e vegetações que transitamos algum dia. 

Contudo, na mente de muita gente há recordações horríveis que jamais deveriam se aproximar de sua imaginação, porém, insistem em provocar transtornos e perturbações. 

A recente discussão envolvendo a grande repercussão da música, “Evangelho de Fariseus”, da cantora Aymeê trouxe à tona a dura realidade da exploração sexual infantil na Ilha do Marajó no Pará, que num passado recente foi denunciada por uma Senadora, mas que a chamaram de “louca”, "ignorante", "fanática", por certo preconceito religioso e ideológico.

O objetivo do texto não é entrar nessa discussão sobre o Marajó, até porque foi muito discutido nas redes sociais. 

A princípio eu estava escrevendo uma breve reflexão acerca do Salmo 78 contido na Lição da Escola Sabatina deste domingo para compartilhar nos grupos de Comunicação para os irmãos da igreja, quando os meus pensamentos começaram a migrar para a realidade de dilemas do ser humano. 

Até porque, uma criança do Marajó ou de qualquer parte do planeta que se tornou adulta, e que tenha sido abusada, luta diariamente contra monstros mentais de um passado tenebroso, deprimente e assustador. Há homens e mulheres entre nós que vivem em pânico e nem fazemos ideia do grau de sofrimento interno que suportam. 

Concomitante aos dramas e perturbações mentais de muita gente na atualidade, vale ressaltar dos dramas e perturbações vividos por muitos povos oprimidos ao longo dos séculos. Infelizmente, o causador de toda essa problemática mental, chama-se pecado. 

Essa palavra atualmente está um tanto em desuso por causa do "politicamente correto" insistir em criar uma sociedade baseada em erros justificáveis por causa da verdade interna de cada um. 

Entretanto, não parece haver melhor definição para compreender os dramas e tragédias causados por seres humanos que mais se parecem com demônios. 

É bem razoável do ponto de vista lógico mantermos como seres pensantes, a ênfase nos conhecimentos "sensorial" e "intelectual" para uma espécie de antítese a essa sociedade "politicamente correta" que à semelhança dos monstros que afetam as mentes de pessoas vítimas de qualquer tipo de abuso, querem nos destruir mentalmente e moralmente ao insistir na neutralização de princípios e valores que temos como herança. Isso é abusador! 

Se tem um povo vítima de abuso e preconceito extremos que já dura milênios, esse povo chama-se, judeu. Ao longo da história, os judeus convivem com o dualismo amor e ódio. Por um lado há os que amam Israel e por outro, os que o odeiam a ponto de querer a sua extinção. É algo que soa um tanto maniqueísta. 

Pois bem, mencionei acima que o início do texto se deu por conta do Salmo 78. Nesse Salmo, o autor enfatiza três coisas:
1. A atenção dada ao método histórico por parábolas. 
- Essa habilidade judaica de contar histórias é encarnada de maneira extraordinária na Pessoa de Jesus Cristo.
- Por ocasião de Seu ministério terrestre, Jesus contava histórias que partiam do conhecido para o desconhecido a fim de alcançar os corações. 
2. O autor enfatiza a história do Êxodo. 
- Uma coisa interessante que precisamos aprender com o povo de Israel é extrair resiliência das tragédias. 
- Eles foram escravizados por egípcios, assírios, babilônios, romanos e no contexto das muitas diásporas, caçados como ratos.
- O judeus, por muito tempo ficaram sem pátria, mas nunca perderam o sonho de retorno para casa. 
3. Ênfase na infidelidade de Israel
- Essa é uma parte interessante e que deve nos ensinar muito
- Os judeus mantinham a consciência de que eram infiéis a Deus. 
- Eles reconheciam a existência da maldade e que também eram participantes da mesma

Tal qual os judeus, imagino que deveríamos começar a refletirmos um pouco mais em nossa condição humana pecaminosa. Compreendermos de fato a malignidade do pecado.

Nesse mundo vil, não existem "santos". Num contexto em que os próprios pais, por questões de pobreza extrema entregam suas filhinhas ainda com sonhos mágicos da infância nas mãos de predadores do inferno com a justificativa de sobrevivência, jamais deve ser aceitável em qualquer hipótese. 

Toda essa atrocidade é de extrema maldade. É pecado! Até porque, na extrema pobreza existem pais que preferem a morte, a entregar sua criança nas mãos de animais. 

Não podemos concordar com qualquer justificativa nesse sentido, pois Deus em Sua ira não poupará no juízo as autoridades do Estado, os abusadores, os pais negligentes e todos os que fecharam os olhos para as barbáries existentes no planeta. Sejam essas pessoas, religiosas, ou não. 

Assim sendo, enquanto durar essa Terra de pecado, jamais ficaremos livres de efeitos das tragédias ocorridas no passado. Porém, o Evangelho e a realidade do Reino futuro nos fazem esperançar em dias muito melhores do que nos iludirmos com as propostas de uma sociedade instável. 

Portanto, quando o autor do Salmo 78 mostra suas ênfases é porque ele reflete no amor e preocupação de Deus através dos milagres operados ao longa da história de Seu povo. 

Ele preserva viva a memória dos eventos miraculosos e deseja sentir cada vez mais a proximidade desse Deus, mesmo quando ela não está tão clara. O salmista compreende que deixar de refletir nisso é a causa da origem de muitos pecados.

Então, cuidemos! Se escolhermos os atalhos do "politicamente correto" e optarmos pela "moralidade" alternativa da sociedade, poderemos seguir para o precipício da destruição de princípios e valores que nos trouxeram até aqui. 

E mais um detalhe! Seguir com a negativa da existência do pecado só fará o indivíduo trilhar o caminho do inferno e ficar cada vez mais longe da nova civilização criada onde lágrimas e passado não existirão (Apocalipse 21:1-4). 

Dessa maneira, é preciso reconhecer que de hipócrita e das péssimas atitudes ruins dos fariseus todos nós temos um pouco. Entretanto, saiba que dentre os fariseus há muita gente procurando endireitar a vida com Deus.

Para nos livrarmos disso, é preciso morreremos diariamente para o egoísmo e mantermos Cristo como o Senhor da vida. Quer uma boa razão para a quebra do egoísmo e cuidado para com as pessoas? Ouça abaixo o capítulo 51 do livro Patriarcas e Profetas intitulado "O Cuidado de Deus Para com os Pobres". 


Olhe para o futuro de esperança! É para lá que Deus quer te conduzir. 

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