A Declaração Balfour e os conflitos na Palestina
Por Célio Barcellos
Era novembro de 1917 quando o então secretário de assuntos estrangeiros do Reino Unido, Arthur James Balfour escreve uma carta endereçada à Federação Sionista da Grã-Bretanha.
Essa carta ficou conhecida como a Declaração Balfour, que facilitava a recondução dos judeus para a Terra Santa em caso de a Inglaterra derrotar o Império Otomano.
Desde o século 19 o movimento sionista ganha força no contexto europeu para o retorno dos judeus à Terra Santa. O forte nacionalismo judaico em querer de volta suas terras, fez com que milionários judeus e pessoas influentes pró-sionismo oferecessem fortunas para comprar as terras na Palestina sob a jurisdição de Maomé Ali, paxá (antigo título de governador ou chefe militar) do Egito.
Esse anseio judaico do retorno, só fez aumentar a rivalidade e provocar resistência por parte da comunidade árabe.
O embrião para tais conflitos entre judeus e palestinos no início do século 20 parece ser creditado à Declaração Balfour. A partir daí, o fanatismo religioso entre árabes e judeus explorado com finalidades políticas e bélicas, ganha status de violência.
Um pouco mais à frente, com os judeus de volta a Jerusalém e ainda comprando terras das mãos dos palestinos, a confusão só fez aumentar.
Um dos grandes responsável para a elevação dessas tensões foi Amin al-Husseini, líder extremista anti-inglês, anti-judaico e pró-união da Palestina com a Síria que foi alçado ao cargo de mufti (interprete da lei muçulmana).
Na visão de muitos, inclusive de Hans Borger, permitir al-Husseini assumir essa liderança foi o mesmo que entregar a chave do “galinheiro" para que a “raposa" cuidasse.
Muito do ódio anti-semita entre a comunidade palestina teve forte influência nazista pelo fato da grande proximidade do Mufti al-Husseini com Hitler. Inclusive os treinamentos de guerrilhas e financiamentos de armamentos para a finalidade de eliminar os judeus teve origem em Berlim.
Não se deve menosprezar o fato do forte sentimento nacionalista árabe em se ver livre das garras do Império Otomano.
Em se falando de árabe, é preciso entender que o termo se refere a uma etnia e que 22 países fazem parte desse bloco. Todo o norte da África é comporto por países árabes. E quem nasce nesses países é considerado árabe.
Turcos e iranianos não são árabes. Apesar de haver uma confusão, Turquia e Irã possuem línguas próprias e costumes próprios. Existem muçulmanos em seus territórios, mas os países não são árabes.
Concluindo essa história, os judeus ficaram espalhados pelo mundo por quase 2 mil anos longe de Jerusalém. Desde a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., eles sobreviveram às muitas diásporas.
Na mentalidade nazista, fascista e até mesmo comunista, eles eram “os ratos” que precisavam ser eliminados.
Não quero entrar no debate de quem está certo ou errado no que se refere ao conflito. O que devo fazer é orar pela paz. Tanto Israel quanto palestinos precisam se converterem a Jesus e mudarem a realidade de suas vidas. As ações de ambos são condenáveis e desumanas.
O fato é que há pessoas e governos agindo para desestabilizar a região com finalidades políticas, religiosas e de ódio demoníaco.
O mundo precisa de paz! E pelo andar da carruagem, não parece que os governos mundiais queiram isso.
Como cristãos, devemos ficar longe de ideologias e de sentimentos de ódio. Vamos confiar mais em Deus e deixarmos Ele conduzir o curso da história como descrito em Daniel 2.
Esperemos em Deus, pois somente Ele pode solucionar essa questão.
Oremos pela paz no Oriente Próximo! #Oremospelapaz
Texto baseado em “Uma História do Povo Judeu: das margens do Reno ao Jordão, Vol.2, "Almanaque Abril 2015” e leituras adicionais.
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