Estradas tranquilas e seguras


 

Por Célio Barcellos

Quando eu olho para o céu e me deparo com este lindo azul repleto de cúmulos que sob a ótica de um viajante na estrada, mais parece um oceano suspenso, em que humanos submersos em seus problemas, respiram pela misericórdia de Deus. 

Poder abrir os olhos à semelhança de Jacó que na luta por sobrevivência e no sufoco da alfição fez da terra o seu colchão, da pedra o seu travesseiro e do Céu o seu cobertor. 

Quantas pessoas neste momento estão a correr em florestas? Estão a nadar em rios revoltos? Estão desesperadas nas savanas e em desertos, na ansia de chegar a um lugar seguro por causa de algozes sem qualquer tipo de compaixão? 

Quantas crianças sozinhas na escuridão a clamar por proteção e cuidado de seus pais? Quantos horrores se passam nas estradas da vida sob o azul de um céu anil que escurece a face de quem sofre e somente enxerga trevas? 

Quão terrível é atravessar o mar no casco de um navio, próximo à cortante hélice, com frio, com fome, com sede…? olhar para a noite e ansiar pelo dia? Ver o azul celeste, o imenso verde do mar e projetar sonhos em busca de uma vida melhor. 
Imagem: terra.com

A grande tristeza é que a alegria dura pouco. O país estrangeiro o qual me arrisquei a ir, me devolve pra casa. Desta vez não são dias ao relento, porém, numa velocidade à jato chego de volta em minha terra, para encarar a cruel realidade que me aguarda. 

Apesar dos muitos “caminhos que conduzem a Roma”, tenho a sensação... ou melhor, a nítida certeza de que esses caminhos são para poucos. E, que a liberdade tão propagada cada vez mais se afunila nos devaneios de mentes insanas que visam somente os prazeres que o poder lhes proporciona. 

Algo ainda mais preocupante é que o mundo está ficando sem “cidades de refúgio”. Os poderosos, os loucos em suas ideologias, à semelhança dos “porcos” da fazenda do Sr. Jones, tem fechado as fronteiras e nos cercado para o abate afim de nos reduzir à escravidão como bem escreveu o brilhante Orwell. 
Imagem:veja.com - resgate de pessoas tentando entrar ilegalmente  na Itália

Sim, este é o mundo! E ele não vai mudar. Pelo menos no que depender dos homens; do pecado e da injustiça. 

Voltando à estrada em que olho para o céu e conduzo o meu veículo até o destino final, percebo que não estou debaixo das águas como aquele céu repleto de cúmulos me fez pensar. Estou numa terra repleta de estradas que conduzem a muitos povos e línguas, que dependem de mim, para o evangelho eterno fazer chegar. 

Portanto, apesar das tristezas em saber que muitas pessoas vivem à semelhança de animais fugindo de predadores ou quem sabe enjauladas pela opressão e falta de liberdade, ainda assim, eu preciso olhar para tudo isso e esperançar no Filho de Deus como o Universal Libertador dos oprimidos pelo pecado e pelas injustiças do homem. 

Sim, eu devo continuar a ter esperança. Sabe o por quê? Porque muito em breve, os reinos e algozes deste mundo findarão e as estradas e países não terão donos. Porém, estarão livres para os que escolheram a Liberdade em Jesus, trafegarem sem perigos na viagem. 

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