A Bíblia é a plataforma segura

 

Por Célio Barcellos

A "antinomia do mentiroso", termo utilizado por Alfred Tarski em seu livro "Concepção Semântica da Verdade" em que trata de lógica aristotélica é muito propício para as sandices proferidas atualmente. 

A tolice epistemologógica de artistas e intelectuais que antes transitavam bem nas hipérboles e sentidos figurados para as vastas licenças poéticas, provoca um calabouço no submundo do pensamento único afim de escravizar a liberdade das pessoas. 

Se já não bastassem as muitas ideologias no contexto social e político, agora é a vez de estrelas do pop gospel nacional emitirem sentenças declarativas contra a Bíblia e os hinos congregacionais. 

Os cristãos que depositarem suas esperanças em caricaturas partidárias baseadas em ideólogos de direita ou de esquerda, estão fincando os seus pés em um terreno pantanoso que cedo ou mais tarde serão engolidos pelos monstros que eles mesmos ajudaram a construir. 

A Bíblia é a plataforma segura.

Imagem: Conexão política

Em seu livro “A Loucura das Massas” (2019, p.9), Douglas Murray menciona que as “pessoas adotam o comportamento de manada, agindo de maneiras cada vez mais irracionais, febris e simplesmente desagradáveis”. É uma medonha insatisfação capaz de provocar cegueira e transtornos quase que psicóticos. 

Pelo andar da carruagem o chamado mundo evoluído a partir da modernidade corre o sério risco de retornar à selvageria dos trogloditas da Idade da Pedra, ou da intolerante Idade das Trevas, quando o catolicismo medieval com a força do Estado espalhou o terror ao exigir o pensamento único. 

À medida em que ideologias sem nenhuma comprovação, baseadas apenas em utopias que beiram à insanidade ganham cada vez credibilidade, é possível ver ateus, cristãos, não cristãos e outros espectros da sociedade, somando forças para impor uma "agenda" de pensamento único com o claro intuito de impedir o livre pensar.  

Conforme se observa na atual conjuntura mundial, em breve, os editores da sociedade pautarão o que devemos comer, beber, ler, assistir e até onde e quando nos reunirmos. 

Inclusive, as reuniões religiosas poderão ser monitoradas e os cristãos proibidos de cantar hinos como os questionados recentemente. "Alvo Mais Que a Neve"; "Grande Comandante"; "O Nosso General é Cristo" e por aí vai... É bem provável que canticos clássicos do meio cristão podem estar com os dias contados. 

Uma das mentes mais brilhantes e produtivas do século 18 no que se refere às ciências naturais é o prussiano Alexander Von Humboldt, conhecido como pai do movimento ambientalista. 

De personalidade excêntrica, porém, muito comprometido com os livros e com a pesquisa de campo, Humboldt viajou pela América do Sul e levantou dados sobre a região como nenhum outro. 

Uma pena que ele foi proibido de entrar no Brasil. Além da América do Sul, ele pesquisou profundamente a geografia da Rússia, da China, da Mongólia e se arriscou até o Mar Cáspio. 

O motivo de citar Humboldt neste texto é em função de seu idealismo infantil em achar que a mudança no mundo se passaria por revoluções. Além dele ter sido a grande fonte de inspiração de Charles Darwin no desenvolvimento da teoria da evolução, ele foi a mente influente para que Simon Bolivar libertasse a Venezuela do domínio espanhol. 

O grande problema é que ao final de sua vida, por volta dos 80 anos, ele estava bem desiludido com Bolivar. Infelizmente, o 'El Libertador" das colônias sul-americanas do julgo espanhol tornou-se um cruel ditador e opressor, à semelhança do colonialismo europeu. 

Humboldt já havia testemunhado algo semelhante em sua juventude por ocasião da Revolução Francesa, quando Napoleão Bonaparte se autoproclamou imperador da França (saiba mais sobre Humboldt em “A Invenção da Natureza: A vida e as descobertas de Alexander Von Humboldt, de Andrea Wulf). 

Imagem: Info escola

Tal qual um mundo repleto de incertezas provocadas por insegurança, fica ainda mais evidente a necessidade de uma plataforma segura para não nos afundarmos no mar de lama que se encontra a humanidade. 

Humboldt e tantas outras mentes brilhantes que contribuíram com descobertas impressionates, acreditaram que o ser humano resolveria os problemas existentes. Infelizmente, as suas mente estavam focadas no que é natural. Não enxergaram o sobrenatural. Não pisaram em terreno firme. Viraram as costas para a Palavra. 

Da mesma forma, o mundo atualmente está presenciando pessoas lutando por causas aparentemente justas, mas elas se esquecem que os problemas só aumentam, uma vez que a solução não é natural. O grande problema da humanidade chama-se “transgressão da lei”. Desde quando o ser humano quebrou a lei de Deus, o mundo não foi mais o mesmo.

A transgressão da lei gerou o pecado. Tiago ao falar sobre o assunto utiliza a metáfora do casamento do homem com o pecado que resulta na morte (Tiago 1:15).

Para o Dr. Milton Torres em seu livro, "Tiago: Retratos da natureza humana" (p.27), o apóstolo utiliza o termo veterinário (apokyō) "parir" a morte. É uma palavra forte para mostrar que a relação entre o homem e a sua concupiscência causa estragos em todos os sentidos. 

Apesar de Tiago falar num contexto de imoralidade sexual, o pecado possui amplitude capaz de transitar em várias camadas e segmentos da sociedade, provocando no pensamento humano muitos delírios capazes de enfraquecer a sua conexão com o que é verdadeiramente correto. 

A escritora Ellen White em seu livro Educação, chega a dizer que o “pecado obliterou a imagem de Deus no homem”. E no que se refere a Bíblia, ela  chama o livro sagrado de "nossa única salvaguarda". 

Concomitante à Bíblia como única salvaguarda, estamos envoltos em muitas concepções semânticas. Muitas delas sem o menor cabimento. No entanto, pessoas as defendem como se fossem a última descoberta de “um" Humboldt da atualidade. 

O grande problema é que quando essas ideias são confrontadas no "balcão" de testes do próprio ser humano, elas não se sustentam, pois são devaneios de mentes ideológicas que não reconhecem a autoridade divina revelada em Sua Palavra. 

Assim sendo, a plataforma mais segura para o ser humano firmar seus passos é a Bíblia Sagrada. Deixem os tolos achar que ela é ultrapassada por conter palavras e sentenças que na ordem semântica da verdade formam a antítese do pensamento deles, por isso a incomodam tanto. 

Ninguém sabe mais de ciência e da mente humana do que o Autor da Bíblia. Fique na paz! Não troque a verdade concreta por indivíduos que sequer, sabem distinguir "figuras de linguagens” nas prosódias de suas falas.

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