Bodas de Prata, os nossos 20 e poucos anos




Por Célio Barcellos
Lembrar dos 20 e poucos anos é uma nostalgia que acarreta responsabilidade e início de uma nova etapa na vida. 

Quando eu estava entre 22 para 23 anos, decidi casar-me com a jovem Salomé. Menina bonita, simples, quieta, honesta, de polo totalmente diferente do meu. 

Os 3 anos de namoro estavam ficando muito difíceis e para não causar desonra, decidimos nos casar, uma vez que nos mantivemos virgens até o matrimônio. 

Confesso que não tínhamos estrutura nenhuma para o casamento. No entanto, o fizemos. Os dias não foram fáceis e tivemos que suportar muitas dificuldades e até humilhações. 

Nesses 25 anos de casamento completados hoje, tivemos muitos desafios, mas graças a Deus estamos aqui, de pé, com dois filhos maravilhosos frutos do nosso amor e na companhia do Senhor Jesus Cristo. 

Por sermos família pastoral carregamos nas costas a responsabilidade de perfeição no casamento, perfeição dos filhos, perfeição no falar, perfeição no agir... Infelizmente, não se faz ideia do quanto isso é ruim para a nossa saúde, uma vez que também discutimos, nos zangamos, erramos como qualquer ser humano na face da terra. 

Uma coisa é certa: Se você está passando por turbulências em seu matrimônio, não desista. 

Particularmente, gosto da música “Linda Juventude” do grupo 14 Bis que diz que a “nossa juventude” é “página de um livro bom”. 

De fato, a juventude é algo extraordinário. O sábio Salomão menciona que é preciso desfrutar a vida com a mulher da mocidade, pois essa é a parcela nesta vida (Ec 9:9). 

Se a vida for generosa conosco, ainda temos mais bodas pela frente, às quais se transformarão em ouro ou poderemos chegar a metais ainda mais preciosos. 


O fato é que, o tempo que temos de vida precisamos trilhar o caminho do matrimônio na presença do Senhor Deus e educar os nossos filhos para isso. 

Nestes tempos em que a família enfrenta tremendos desafios impostos pela cultura, a nossa obrigação é clamar ao Espírito Santo que nos mantenha firmes até o fim. 

Ainda que o inimigo tente causar discórdias, o segredo é resistir de joelhos pensando na eternidade, pois lá, o ser humano terá a oportunidade de ser feliz na perfeição que Deus oferecerá. 

Há uma propaganda da Sharp apresentada muito tempo atrás por Chico Anysio que num monólogo extraordinário retrata a vontade humana de nascer aos 80 anos e rejuvenescer até morrer criança. 


Claro que isso é apenas sonho de humanistas que sabem que a vida é breve e que de fato o prazer da vida não são as riquezas e irreverências, mas desfrutar da vida em família. 

Salomé e eu decidimos olhar para a frente sem nos esquecer do passado, pois a nossa juventude é página de um livro bom. O presente, provoca reflexões de anos de provação e maturidade. Porém, o futuro nos enche de esperança. 


Esperança de ver os nossos filhos bem casados e realizados na presença de Deus; esperança de ver a igreja comprometida com os valores do Reino; e se o mundo ainda tiver de pé, podermos desfrutar da tão sonhada Jubilação. 

No que se refere a filhos, Deus nos deu o Kairos e a Krícis. Ambos alfabetizados pela mãe e iniciaram a trajetória escolar lendo e escrevendo. Desde o ventre ouvem louvores, a Palavra e ensinamentos. Porém, como qualquer ser humano possuem as suas lutas. 

Não posso terminar o texto sem falar da morte. A Salomé odeia quando toco nessa palavra. Mas sou muito realista quanto a essa questão. Infelizmente, essa praga é uma realidade provocadora de infelicidades, mas que um dia não existirá mais.  

Quando Salomão diz: “Desfrute a vida com a mulher a quem você ama, todos os dias desta vida sem sentido que Deus dá a você debaixo do sol; todos os seus dias sem sentido! Pois essa é a recompensa na vida Pelo seu árduo trabalho debaixo do sol” (Ec 9:9). 

Salomão está querendo dizer que tudo na vida é vaidade. E se o homem não se atentar para a realidade que o aguarda, ele poderá deixar passar a grande oportunidade de construir uma família e prolongar a sua vida, pois um homem que não deixa descendência, é como se morresse para sempre. 

Portanto, nestes 25 anos de matrimônio, Salomé e eu podemos dizer que até aqui nos ajudou o Senhor. E olhamos para frente com mais segurança e confiança no Eterno. 

Obrigado Salomé por construir essa trajetória comigo! Que Deus nos abençoe!

Comentários

  1. Parabéns meus amigos Célio e Salomé. Vocês formaram uma família lida. Deus abençoe sempre vocês

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