Trancafiados, porém livres
Pôr do sol em Pinheiros/ES - Meirielly Queiroz |
Por Célio Barcellos
O confinamento faz enxergar-nos diferente.
A ponto de percebermos que de fato, somos gente.
Gente que trabalha, que estuda e que congrega,
Mas em meio a multidão logo esquece e se altera.
O dia-a-dia encobre coisas, lindas e indispensáveis.
Que a pressa e a indiferença, nos tornam insuportáveis.
Quantos nesta hora, ao pôr do sol, sairiam?
Pra's noitadas prazeirosas que talvez nem voltariam.
Tanto crentes como incrédulos estão todos hibernados.
Algo nunca em comum, ambos bem atediados.
A pandemia é muito séria, voraz e faz chorar.
De um extremo até o outro, é muito rápida no infectar.
Quem não tem bom senso, brinca até zombar.
De uma praga muita séria que é capaz de até matar
Da China à Europa, o Corona causa danos,
Que ameaça o Brasil, País de rios e oceanos.
Neste momento nada importa! Nem mesmo grana e o trabalho.
Só o fugir de um respirar, de alguém próximo até do orvalho.
Pra que serve o poderio, injustiça e o roubar?
Se fugimos das pessoas e de um simples espirrar?
Até ateus estão orando, para a praga já passar,
E que o socorro venha logo para em Deus acreditar.
Fica esperto minha gente, que gente somos todos.
Trancafiados, porém livres, precisando um do outro.
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