Chuvas, mortes e prejuízos

Por Célio Barcellos

O ano 79 (d.C) foi terrível para a cidade de Pompéia. Local onde a aristocracia romana se deliciava em seus momentos de lazer. Os moradores e turistas estavam vivendo tranquilamente quando o poderoso Vesúvio entrou em erupção e destruiu a cidade. Certamente, o vulcão deve ter dado algum sinal de que a coisa ficaria ruim. Barulhos e larvas devem ter sido apreciados pelo povo. Porém, ninguém se preocupou.
As chuvas torrenciais que nos últimos dias vem afetando cidades do Espírito Santo,  Minas Gerais e Rio de Janeiro, de alguma maneira foram alertadas pelos órgãos meteorológicos. Claro que nem todo mundo tem a condição imediata de sair e se proteger, mas muita gente deve ter ouvido os alertas e nem se importado. É possível que nem mesmo o Estado e os Municípios atingidos tenham levado muito a sério.
Numa hora dessas, com a riqueza que esse País possui, já há tempos deveria ter um sistema de evacuação imediata. Toques de sirenes, treinamentos com a população e técnicas de sobrevivência, deveriam ser obrigatórios. À semelhança dos tornados nos Estados Unidos e terremotos no Japão, os moradores de áreas em que tragédias provocadas pelas chuvas ocorrem anualmente, deveriam ter tratamento semelhante. 
Organizações que tanto cobram acerca da Amazônia, deveriam dedicar uma parte dos esforços em prol dos rios e encostas nas cidades. Especialmente casas e prédios às margens de rios. Quando fossem iniciadas as invasões, o poder público deveria urgentemente atacar o problema de frente. Providenciar melhores localidades e também recursos de vida para as pessoas. Deixa-las à mercê dos barrancos é aumentar os problemas. 
O atual ministro da economia, Paulo Guedes, costuma dizer que “o Brasil constrói uma Europa por ano em pagamento de juros”. Particularmente, acho esse camarada  extremamente competente e de alto nível. Está falando coisas que nem imaginávamos que existia. Se tanto dinheiro é jogado fora, por que o país não começa a reconstruir as suas cidades? A população deveria fazer a sua parte ao invés de somente cobrar. Quanto lixo é jogado em locais impróprios? Reconstruir o Brasil é reconstruir a mente brasileira. 

Há muita coisa por fazer. Cidades que possuem a benção de ter rios que serpenteiam todo o perímetro urbano, infelizmente não desfrutam das maravilhas que os mesmos produzem, em função da poluição e moradias em locais inapropriados. Imagino estar na hora de reconstruírem esses lugares! Tanto o poder público, bem como os moradores dessas localidades, deveriam redirecionar seus comércios e moradias, para poderem viver em paz com a natureza.
O Vesúvio poderia ser magnífico, mas aos primeiros sinais de estrondo, o povo deveria ter ficado longe dele. Os moradores de Pompéia até estão desculpados, pois não tinham os equipamentos e estruturas que nós. Agora, com todo o aparato público e privado que o Brasil possui, infelizmente, parece que as autoridades e políticos gostam de ver as pessoas na lama, pois parece ser através da lama e da misérias do povo que eles sobrevivem. 
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