O brado da liberdade

Desenho do Kairos aos 9 anos, retratando o calvário
Por Célio Barcellos

Às 16:30 de 7 de setembro de 1822, próximo ao riacho do Ipiranga, D. Pedro I, montado sobre uma mula e com forte dor de barriga, esboçava a independência do Brasil. As tentativas de ingerências de Portugal sobre o Brasil, com a finalidade da manutenção da sua mais importante colônia, provocou no príncipe regente e em seus aliados, a iniciativa de romper os laços com Portugal. 
Os 13 anos que a família real portuguesa passou no Brasil, criaram muitas revoltas e conspirações sobre a coroa. Nesse período, Portugal ficou sem rei e D. João VI, reinava do Brasil para Portugal. No contexto de seu retorno para Portugal, havia por parte dos portugueses a exigência para a ida do então príncipe regente. Compreendendo as más intenções, Pedro I, decide se autoproclamar imperador, antes que um forasteiro o fizesse. 
Os relatos acima constam no livro 1822, do  jornalista e historiador Laurentino Gomes,  que ainda segundo ele testemunhas oculares da época, relataram contradições acerca do grito. De acordo com o padre Belchior não houve sobre a colina do Ipiranga o brado “Independência ou Morte”, mas um informe de D. Pedro I para a guarda real de que acabara de fazer a independência do Brasil. O famoso grito surge do relato do alferes Canto e Melo, registrado futuramente. 
Pois bem, há mais de dois milênios, por volta das 15:00, numa colina chamada Gólgota, Jesus bradou a independência do homem sobre o pecado. A frase "está consumado”, ecoou em todo o universo. Os presentes ali, ouviram o grito do Senhor.  João, o  discípulo amado, estava naquele lugar com Maria e foi testemunha ocular do evento (Jo 19:25-27). Não é à toa que somente o evangelho que leva o seu nome relata o brado de  Jesus (Jo 19:30).
A conspiração promovida por Lúcifer e seus comparsas, afetou tremendamente a criação de Deus. Foi necessário o Imperador do Universo montar num jumento, viver entre os homens e dar a Sua vida em favor da liberdade do ser humano. Jesus não precisou gritar independência ou morte, pois o Seu intuito nunca foi Se autoproclamar rei. Ele era Deus e como Deus, estava acima de qualquer monarca terreno.
Infelizmente, os seus algozes não entenderam a missão dEle. Por serem corruptos e com o coração cheio de pecados, pensaram que Cristo tomaria o poder.  À semelhança de Lúcifer, conspiraram contra Jesus. Mal sabiam eles que o Filho de Deus estava ali com a missão de salvar o mundo do pecado e não para envolver-Se em assuntos que os homens se matavam em função de suas ambições.
Neste 7 de setembro de 2019, completam 197 anos da atitude de Pedro I para manter o Brasil livre das amarras portuguesas. Todos os poderosos do mundo e pessoas comuns daquela época não existem mais. O Grito do Ipiranga deu autonomia para uma nação. O contexto de mundo hoje é totalmente diferente daquele período, mas o coração dos homens por poder e conspirações continua o mesmo. 
Do Gólgota aos nossos dias, ultrapassaram dois milênios. Os poderosos e comuns daquela época também não existem mais. Porém, Jesus vive! Louvado seja Deus por isso! Apesar dEle ter-Se tornado homem e gritar por nossa liberdade, Jesus possuía a Majestade do Céu. E mesmo que poderosos tenham tentado neutraliza-LO com a morte, Ele ressuscitou, pois a morte nunca foi párea para Ele (Jo 20:8-10).
Tanto o Brasil quanto Portugal, um dia findarão. As demais nações do mundo também não mais existirão. Fazemos parte da história e nos orgulhamos dos heróis de nossa pátria. Como brasileiros não devemos nos esquecer do 7 de setembro e de outras datas importantes. Mas como cristãos, nunca nos esqueçamos do Gólgota, pois naquele lugar, o Brado de Jesus, promoveu a independência de todo aquele que em Seu nome crê. 


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