Vivamos como em um bom condomínio


Por Célio Barcellos

     A polarização política no Brasil entre a direita e a esquerda, tem gerado há algum tempo, muitas discussões e protestos. No momento atual, em que ocorrem as campanhas eleitorais, os diversos candidatos tentam de todas as maneiras, angariar votos de uma população fragilizada por desemprego, insegurança e tantas outras coisas essenciais para qualquer ser humano.
Infelizmente, na onda do politicamente correto, poucos encaram o problema de frente para estancar a sangria. Percebe-se no contigente de milhões de brasileiros, a forçação de determinados conceitos e ideologias a fim de suplantar qualquer tentativa de pensar diferente.
Historicamente, o Brasil é um país cristão. Católico ao extremo em seus 300 anos iniciais, o que veio a mudar somente a partir de 1808 com a chegada da família real portuguesa, quando D. João VI, assinou a abertura comercial com a Inglaterra e por conseguinte o País abriu as portas para a chegada de outras correntes religiosas.
A despeito das dificuldades ainda existentes, os países cristãos, sem sombra de dúvidas ainda são os melhores lugares para a diversidade. Infelizmente, a extrema esquerda e a extrema direita se digladiam mais em função da falta de equilíbrio. Um lado quer a total liberação das coisas, o outro, não aceita os excessos.
Quão bom seria se o dinheiro da corrupção de fato fosse investido nas pessoas. Teríamos adolescentes com livros ao invés de fuzis; Teríamos transferências de conhecimentos ao invés de comércio de drogas; Teríamos escolas de esperança ao invés de ruas do medo. Enfim… teríamos tudo de bom.
Mas para que lado seguir? Se escolho a esquerda, há permissividade. Se escolho a direita, há agressividade. E no centro? Encontra-se passividade. Isso quer dizer que: Ou essa turma se entende e faça o melhor para o Brasil, ou teremos dias não muito agradáveis. 
- Porém, como se entender, se cada um quer a proeminência? Parece que possuem uma bola de cristal onde tudo se resolve. E ao final do discurso, gera muita enganação.
O melhor que cada brasileiro tem a fazer é votar. Apesar do sistema político imperfeito, é o que o País tem. Evite polarizações! Procure exercer a sua cidadania da melhor maneira. Seja você negro ou branco, rico ou pobre, hétero ou homossexual, enfim… somos todos brasileiros. 
Se cada um respeitar o direito do outro, certamente não teremos essa guerra. Procure viver a sua vida levando em consideração que você vive numa Pátria que outrora era extremamente católica, que abriu as portas para evangélicos, ateus e tantos outros credos e povos; e que ao longo dos anos virou gigantesca. 
Portanto, não obrigue o outro a seguir a sua forma de vida. Faça a separação entre o público e o privado e entre o certo e o errado.  Se cada pessoa, à semelhança de um Condomínio, respeitar as regras e procurar fazer do seu prédio o melhor lugar para se viver, creio que todos viverão pacificamente, apesar de suas particularidades. 

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