Há riscos na jornada



Por Célio Barcellos

No último domingo (12), a população de São José do Rio Preto ficou chocada com um crime bárbaro na zona rural do município. A vítima, Simone de Moura Facini Lopes, de 31 anos que de acordo com a família foi a uma chácara para alfabetizar e dar estudos bíblicos. Como voluntária em sua comunidade religiosa, aproveitava um projeto social em que estava inserida para transmitir o Cristo que ela havia conhecido.
Como o estado brasileiro é laico e os seus cidadãos podem divulgar as suas crenças, a jovem Simone, na boa intenção de salvar pessoas tanto da ignorância quanto para o Reino de Deus, acabou sendo brutalmente assassinada por alguém insano e cruel. De acordo com as investigações, tudo leva a crer que o suposto assassino seja um homem de 64 anos que já possui antecedentes criminais. 
No que se refere a um velho ditado de que “quem vê cara não vê coração”, toda e qualquer pessoa, voluntária ou não, deveria seguir alguns cuidados. Especialmente o de nunca estar sozinha numa situação como essa. Na reportagem do jornal “Tem Noticias” da TV “Tem" afiliada da Rede Globo em São José do Rio Preto, a sua tia, Aparecida Lopes, exaltou o voluntariado da sobrinha, mas destacou a ingenuidade dela em ter ficado a sós ministrando os estudos.
Para todos aqueles que desenvolvem serviço semelhante ao da Simone, fica o alerta desse triste incidente. Nunca é demais destacar as palavras do próprio Jesus, que ordenou a seus discípulos orientando-os a estar de dois em dois (Lc 10:1). Além do mais, é preciso sempre olhar para o mundo como sendo perigoso e cheio de gente perigosa. De acordo com a revista Seleções, abril de 2007, “acredita-se que 1% dos seres humanos seja psicopata.”
A própria revista, alerta quanto aos lobos em peles de cordeiros. Apesar de nem sempre ser possível detectar pessoas assim, existem algumas pistas, como por exemplo: 1. Atraem pessoas com "simpatia e arrependimento”; 2. Elogiam de maneira excessiva; 3. Se fazem de coitados; 4. Mentem demais. Eles mentem para sobreviver. Contam que possuem mundos e fundos, mas sempre andam com o parachoque do carro quebrado.
Apesar de ser necessário ajudar pessoas, é preciso muito alerta em um mundo hostil e cheio de gente maldosa. Há indivíduos de alta periculosidade andando normalmente na rua ou morando de frente para a sua casa. Muito cuidado nesse sentido! Não custa nada seguir as orientações de segurança oferecidas pelas autoridades, bem como as orientações da igreja, da escola e da família.
Assim, mesmo num País violento como o nosso é virtuoso ver pessoas buscar a Deus e trabalhar para que mais pessoas o conheçam. Porém, a prudência é um item indispensável para qualquer ação voluntária ou não. Seja num trabalho de cunho religioso ou solidário, o importante é trabalhar com previsibilidade e atenção para evitar riscos e situações de pesar.
Que Deus conforte a família da Simone bem como tantas outras famílias enlutadas.

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