Resultados que surpreendem

Sepultura de Svea Flood - África. Foto: casaxcasa.wordpress.com

No livro "O Batismo do Espírito Santo" de Dennis Smith, tem uma história surpreendente extraída do livro Fresh Power, de Jim Cymbala. Essa história mostra que os resultados que tanto buscamos com objetivos de atingir o mundo, não quer dizer que seja o que Espírito Santo faria. Segundo Smith, aquilo "que parece de pouca importância aos olhos humanos significará muito quando realizado sob o poder do Espírito Santo. Em contrapartida, muito esforço despendido na sabedoria e força de um crente que não é cheio do Espírito Santo significará pouca coisa."

Era o ano de 1921, quando um jovem casal, por nome David e Svea Flood, partiu da Suécia com seu filhinho de dois anos para trabalhar como missionários na África.

Eles e outra família escandinava, os Ericksons, sentiram-se dirigidos por Deus para transporem os limites da "sede" principal da missão e trabalharem numa área remota. Alcançaram a aldeia de N'dolera, mas foram rejeitados pelo chefe, que temia que os forasteiros provocassem a ira dos deuses locais, caso tivessem permissão para trabalhar em sua algeia. Nessas circunstâncias, os missionários construíram um casebre de taipa a oitocentos metros dali, na encosta da montanha.

Enquanto isso, continuaram orando para que Deus, de alguma forma, tocasse o coração dos aldeãos, embora nao percebessem neunhum progresso. Os Ericksons resolveram desistir e retornaram para a "sede" da missão central.
Duas vezes por semana um garoto da aldeia recebia permissão para vender frangos e ovos para os Flood. Sendo esse garoto seu único contato com os aldeãos, Svea Flood resolveu falar-lhe de Jesus. Deus lhe abençoou os esforços, pois o rapaz aceitou a Cristo como seu Salvador.

Svea ficou grávida e deu à luz uma menina, a quem chamou de Aina. O parto a deixou esgotada, e Svea acabou contraindo malária. Seu estado de saúde piorou, e ela acabou morrendo dezessete dias depois. Seu marido, David, ficou muito desanimado. Cavou uma sepultura, onde enterrou a esposa, depois voltou para a "sede" missionária. Ali entregou a filha recém-nascida para os Ericksons com as seguintes palavras: "Estou voltando para a Suécia. Perdi minha esposa, e obviamente não posso cuidar deste bebê. Deus arruinou minha vida."

Os Ericksons também ficaram muito doentes, vindo ambos a morrer no prazo de oito meses. O bebê, Aina, foi entregue para uma família de missionários americanos, que mudaram o nome dela para Aggie e a levaram consigo para os Estados Unidos, com a idade de três anos. Essa família trabalhava para o Senhor no ministério pastoral em Dakota do Sul. Já adulta, Aggie estudou numa faculdade bíblica em Minneapolis. Ali encontrou um jovem chamado Dewey Hurst, com o qual se casou.

O jovem casal trabalhou para o Senhor no ministério e teve um casal de filhos. Seu marido, Dewey, tornou-se diretor de uma faculdade cristã na região de Seattle. Imigrantes escandinavos que moravam naquela área despertaram o interesse de Aggie. Sem saber como, Aggie recebeu certo dia uma revista religiosa sueca e ficou chocada ao ver uma foto de uma cruz branca indicando o local de uma antiga sepultura com os dizeres "SVEA FLOOD". De posse da revista, Aggie saiu correndo em busca de um professor da faculdade que soubesse ler em sueco.

O professor disse a Aggie que o artigo falava de um casal de missinários que muitos anos atrás tinha ido para N'dolera. A esposa após ter tido uma filha, morreu pouco depois. O artigo dizia que o garoto africano que aceitara a Cristo, cresceu e, depois da partida dos missinários brancos, convenceu o chefe a deixar que ele construisse uma escola na aldeia. Esse jovem compartilhou com seus alunaos o Cristo que havia conhecido por intermédio de Svea Flood, e todos eles aceitaram a Cristo. As crianças influenciaram os pais a se tornarem cristãos, inclusive o chefe. O artigo finalizava dizendo que aquela vila contava agora com seiscentos cristãos.

Alguns anos depois, Deus providencialmente levou Aggie a um encontro evangelístico em Londres, Inglaterra, onde ela encontrou um homem que relatou ao auditório que ocorrera 110 mil batismos no Zaire. Ela não pôde resistir em perguntar-lhe se ele tinha ouvido falar de David e Svea Flood.

Para sua surpresa, ele respondeu: "Sim. Foi Svea Flood que me conduziu a Cristo. Sou o garoto que levava comida para seus pais antes de você nascer. Para falar a verdade, até o dia de hoje, todos nós honramos a sepultura e a memória de sua mãe." Após longo e lacrimoso abraço, ele disse para ela: "Visite a África e saiba por que sua mãe é a personagem mais famosa de nossa história."

Deus arranjou um jeito de Aggie visitar a África e o túmulo de sua mãe, e ver a cruz branca que lhe havia chamado a atenção no artigo da revista. Diante da supultura de sua mãe, Aggie ajoelhou-se e, com lágrimas nos olhos, agradeceu a Deus.

Como nota de rodapé dessa história, Deus concedeu a Aggie a oportunidade de reencontrar seu pai, David Flood, que ainda vivia na Suécia. Ele havia casado de novo e tivera outros filhos, já adultos. Estava, porém, com a saúde abalada. David havia ficado muito aborrecido com Deus. Contudo, em resultado da visita de Aggie, ele reconciliou-se com Cristo e fez as pazes com Deus. Alguns meses depois da visita da filha, David morreu.

Que história impressionante!

Para que a nossa vida seja uma benção para outros, precisamos deixar o Espírito Santo fazer a diferença.

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