O princípio excede a fama
Por Célio Barcellos
Na quarta-feira, 20, o mundo do futebou ficou estupefato com a notícia de que o goleiro Carlos Vítor da Costa Ressureição não atuaria mais nas partidas entre o pôr do sol de sexta até o pôr do sol do sábado. Vitor, como é conhecido, é atleta do Londrina Esporte Clube. Essa decisão causou tumulto no seu clube e impedimento para uma transferência certa para um clube da Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.
Em pleno Séc. XXI, alguém poderá dizer: Que absurdo! Que cara louco! Onde já se viu uma coisa dessas! Isso é fanatismo!
Tudo isso poderia até fazer sentido, se não fosse uma palavrinha chamada: PRINCÍPIO. E esta palavra de acordo com The Analytical Lexicon to the Greek New Testament (O Léxico Analítico ao Novo Testamento Grego) vem de “arché”que em seu contexto significa: “começo, extremidade, cabo conectado e etc...” Ou seja: é algo invariável, imutável. O dicionário da Língua Portuguesa, traz como: origem, começo, causa primária; lei, regra, preceito moral etc...
Partindo dessa premissa, quando alguém carrega um princípio para o bem ou o aprende no decorrer da caminhada e se posiciona favorável ao mesmo, esse alguém não deve ser censurado ou desrrespeitado, mas digno de confiança. Se um individuo não se compra e não se vende, ele está adotando o princípio da honestidade; Quando ele permanece fiél a seu conjuge, é o princípio da fidelidade; quando ele passa a crer e a se entregar a Deus, ele está exercendo o princípio da confiança no Ser criador de todas as coisas.
Dizem que futebol, política e religião não se discute. No entanto, o que se mais ouve por ai é falatório sobre futebol e política. Religião, quando aparece na programação de uma grande “Rede de TV”, na maioria das vezes é observada de forma negativa. Isto, em função das falhas de alguns. Creio que não é honesto nivelar todos por baixo, do contrário teria que fazer isso com o esporte, a política e com qualquer outra categoria existente, pois as Instituições são dirigidas por homens e homens erram muito.
É bem possível que a decisão desse jovem goleiro, tenha gerado alguns bate-bocas acalorados. Principalmente pelo fato dele estar num momento de ascensão profissional e com a possibilidade de ganhar um bom dinheiro, uma vez que disputaria o Campeonato Brasileiro por um Clube da Primeira Divisão.
Se porventura, em função dessa corajosa decisão, você tenha incompreendido o ser humano Vitor, convido você a refletir um pouco. Ou até mesmo a pesquisar um pouco mais onde tudo começou. Compreenderás que o dinheiro não está acima de princípios e valores. Verás que algumas coisas que parecem não ter sentido, fazem uma grande diferença.
Que tal começar lendo o Gênesis não como uma lenda e sim como uma história real? Entenderás que a árvore do conhecimento do bem e do mal era uma simples árvore, mas que o princípio existente alertava quanto ao risco de seu fruto. O mal não estava somente na árvore, mas no mal uso da liberdade. "Adão e Eva foram criados como seres morais e moralmente não podiam existir sem liberdade".
Assim, tanto o Vítor como qualquer um de nós tem o direito de fazer escolhas. Optar por uma religião ou mudar para uma outra, é um direito assegurado pela Constituição e pelo Céu, pois Deus é o autor da liberdade. As consequências, cada um terá diante do Criador que em seis dias, criou “os ceus e a terra, e tudo que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.” (Ex 20:11 e Gn. 2:1-3).
Portanto, se em algum momento da vida o ser humano reconhecer os seus erros e for transportado para o princípio, ele pode e deve tomar a decisão, pois contará sempre com a paz e a Graça salvadora de Deus, que numa equivalência de valores, excede a qualquer fama ou prestígio financeiros.
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