No início dessa semana, enquanto minha esposa aguardava uma consulta médica, aproveitei para levar as crianças no “parquinho” da Praia do Suá, em Vitória. No momento em que brincávamos e ríamos, eis que surge um vendedor de picolé (o qual chamarei de José).
Durante a compra dos picolés comecei a dialogar com aquele homem bastante simpático. Em algum momento, ele mencionou que já chegou a vender 600 picolés num único dia, faturando um bom dinheiro. É claro que esse montante nas vendas não acontece todos os dias. No entanto, prosseguiu dizendo que mesmo em dias nublados, em tempo ruim, leva pelo menos 50 reais para casa.
À medida que nos despedíamos, ele ainda mencionou: “tenho uma excelente casa, veículo e outras coisas mais”!
Após esse diálogo, me veio à mente a pessoa do Horaldo, figura folclórica em Conceição da Barra. Se um dia você for àquele belíssimo balneário, verá esse vendedor sempre sorridente e feliz com o que faz. Horaldo é filho do Sr. Benedito Leite e da falecida Rosinha, oriundos de Itaúnas, minha terra.
Pois bem, assim como o José na Praia do Suá, o Horaldo passa o ano inteiro vendendo picolé nas ruas de Conceição da Barra, onde tira o seu sustento. É um trabalho árduo que exige preparo e disposição para enfrentar diariamente as ruas, porém algo extremamente prazeroso e honesto.
Enquanto Horaldo sai de sua residência até o centro, o vendedor da Praia do Suá, sai de Cariacica, até a capital. Mostrando que a disponibilidade para o trabalho é o meio mais seguro para vencer na vida sem que precise defraldar ou ferir alguém.
A atividade desses dois, mostra, ao contrário de muitos pessimistas que é possível sorrir em meio às dificuldades. O Horaldo e o José, poderiam à semelhança de muitos, estar em casa, falar mal do governo e esperar por emprego ou favor político. Mas, preferiram arregaçar as mangas e como milhões de brasileiros manterem um trabalho contínuo que mantivesse a diginidade de suas vidas.
Não é propósito desse texto, insentar a culpa do governo e nem criticar a quem possui um trabalho fixo. Certamente, se hovesse maior responsabilidade com o dinheiro dos impostos, muita gente estaria qualificada, empregada ou dona de seu próprio negócio. Além disso, sobrariam mais recursos para de fato ajudar a quem precisa.
Se todo brasileiro fosse mais empreendedor, haveria menos reclamações e maior produção e circulação de bens e serviços. A economia se recuperaria mais rápido e teríamos menos dependentes de ajudas do governo. Brasileiros, capixabas, da capital ou do interior ao invés de ansiarem somente por emprego, ansiariam por trabalho, pois emprego é importante, mas trabalho é prioritário!
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