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Por Célio Barcellos
Brasil!
Terra dos Tupinambás, dos Guaranis, dos Tapajós e tantos outros... os chamados tupiniquins.
Na mistura do europeu com esses povos, surgiu o mameluco – povo corajoso, que singrou rios e matas marchando para o oeste e desbravando o interior.
Em seguida, nessas terras vindos d'África, não por vontade próprias, mas por opressão da dita raça superior, chegaram os negros. Na mistura desses com os seus algozes, surge a figura do mulato, responsável pela construção da economia litorânea. E ainda, tem a figura do cafuzo, fruto da união do indio com o negro.
Todos! Indios, brancos e negros deram o início a uma nação chamada Brasil.
Que aos poucos recebeu o alemão, o italiano, o árabe, o judeu e tantos outros.
A você que porventura, usa de meios abjetos contra o seu próximo, que anseia por uma raça única e superior, sinto muito em lhe dizer: “Não existe nenhum grupo humano racialmente puro”. Todos somos fruto de um prolongado e doloroso processo de miscigenação. Insistir nisso, é insanidade.
Praticar injurias e preconceitos raciais, é totalmente desonesto. Ninguém deveria ser julgado ou ultrajado pela cor da sua pele.
Somos gratos a pessoas como Martin Luther King Jr.; Nelson Mandela, Isabel Cristina, nossa princesa e tantos outros, que sonhavam com a igualdade e liberdade para todos. Não somente sonharam, mas foram além, inclusive, alguns foram mártires em algo que mais parecia utopia, mas que se tornou real, porém, ainda não é uma realidade.
Ah, nessa patria chamada Brasil, jamais deveria haver segregação, injurias, ou coisas do tipo, pois só rebaixa a grandeza de sua gente.
Aqui, é terra de Milton Santos, negro, catedrático; de Machado, o mulato, habilidoso nas letras; de Pelé, o melhor dos melhores; de Eliza, a Lucinda, negra de olhos verdes, capixaba e voz de trovão; da Tais Araújo, mãe, ser humano, atriz, de extrema beleza e competência; da dona Ana, vó de minha vó, negra vinda de Alcobaça e radicada em Itaúnas, minha terra e de tantos outros.
Pois é... da miscigenação surgiu você! Agradeça a Deus.
Para você que é indio, tenha orgulho da sua gente! Fuja da figura imperial, que troca de nome para ser aceita entre os brancos. Você negro, não permita ninguém te rebaixar, responda com valor, com a riqueza que há dentro de você e com toda a sua geniliadade. E a você branco: Ame! Respeite! Oportunize lugar para todos! Afinal de contas, todos somos humanos.
Xô preconceito! Xô segregação! Vão-se embora e não voltem nunca mais. Viva o povo brasileiro!
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