Judeus e palestinos são indesculpáveis




Por Célio Barcellos

Quando a palavra terrorismo é veiculada, a primeira impressão é a de extremistas islâmicos encapuzados, cheios de ira, recheados de bombas e repletos de vingança. Porém, não foi o que se noticiou na segunda feira (7/09) do ocorrido em Duma na Cisjordânia.
De acordo com o “jornal” Folha de São Paulo, a morte da professora Riham Dawabcheh de 27 anos, é resultado do atendado sofrido em 31 de julho, enquanto ela, seu esposo Saad Dawabecheh e seus dois filhos dormiam. Na ocasião, o bebê de apenas 18 meses, morreu queimado vivo, enquanto o seu pai, faleceu 8 dias depois. Dessa família, “apenas o pequeno Ahmed, de 4 anos, com queimaduras graves, permanece vivo”.
Pelo histórico do povo judeu, torna-se inadmissível atos como esse. Um povo que ao longo dos séculos, teve que se espalhar pelo mundo em função das forçadas diásporas e dos milhões dizimados por um insano racista e invejoso, não deveria cometer barbáries e sim refletir o amor dAquele que sempre o protegeu e o abençoou.
Desde a promessa feita a Abrão em Gênesis 12:1-3, os judeus tiveram a responsabilidade específica de preparar um povo para encontrar com Deus – o Criador de todos os povos e de toda a terra. O problema é que esse privilégio transformou-se numa arrogância, a ponto de se tornarem exclusivistas, negando o próprio Criador e o privilégio da pregação.
Em meio a um mundo repleto de perigos e irracionalidades, onde imperam violência e morte, esses terroristas judeus, contribuíram ainda mais para o aumento das estatísticas, agravando uma situação que tende a aumentar, com as retaliações da parte palestina.
Jesus como um autêntico judeu, está muito decepcionado por esse episódio e por muitos que poderão surgir, pois viveu entre os homens maus e promovendo o bem e entre a guerra promovendo paz. Se a nação judaica, reconhecida desde 1947 fosse mais grata, reconheceria os favores de Deus e também dos homens em prol da mesma, pois os anais da história mostram o cuidado dispensado para a sobrevivência da mesma.
De acordo com Alexander Hecker, professor de História Contemporânea da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), falando para a revista Nova Escola/Julho 2009, disse que, na resolução tomada pela Organização das Nações Unidas (ONU) desmembrando a área em 57% para judeus e 43% para palestinos, foi mais um estopim na crise de uma relação conflitosa milenar e que se agravou belicamente a partir de 14 de maio de 1948, com a fundação do Estado de Israel. Segundo Alexandre, essa guerra terá fim quando o Estado Palestino for criado e repartida de forma “equitativa” o território.
Uma decisão dessa, é praticamente impossível de acontecer, pois não é uma briga entre dois irmãos que resolveram fazer as pazes, mas um conflito que possui raízes culturais as quais exigem perdas para ambas as partes. Porém, apesar de todas as dificuldades possíveis na solução desse conflito, tanto judeus quanto palestinos são indesculpáveis, pois pertencem a um mesmo tronco familiar e são conhecedores dos oráculos há muito tempo; por isso deveriam ser os primeiros a ansiar e promoverem paz, ainda que a solução dos conflitos perpasse aspectos humanos.





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