Mantenha os celeiros cheios



Por Célio Barcellos
 A crise atual, nos faz lembrar dos dias de José, quando o Faraó teve um sonho com “sete vacas gordas” e “sete vacas magras” e em seguida um novo sonho com “sete espigas cheias” e “sete espigas mirradas”. Tanto as vacas magras quanto as espigas mirradas devoravam as gordas e as cheias (Gn 41:1-7). Eram presságios dos difíceis anos que viriam pela frente.
No entanto, como interpretar algo tão surreal e assustador? Nem os magos e encantadores decifraram. Será que alguém daria o devido significado ao rei? Foi então que o copeiro-chefe lembrou que na prisão havia o jovem José, um rapaz extremamente competente e interpretava sonhos (v. 8). Chamado à presença do Faraó (Lembre-se: por sua fidelidade, sempre haverá alguém que lembrará de você em algum momento, ainda que esteja no ostracismo), José interpretou os sonhos que prontamente foram aceitos e seguidas as devidas orientações.
Os sonhos não foram meros presságios e superstições repletos de paganismo e nem prognósticos de competentes interpretes da economia e experts da administração financeira; mas uma ação do Deus todo poderoso que conhece tudo desde o princípio.
O interessante nesse episódio foi a atitude do soberano do Egito em acatar as orientações do Deus de José, mostrando que o Deus de José é superior a todos os deuses egípcios. Será que o povo atualmente está ouvindo os conselhos de Deus e reconhecendo a Sua soberania? Ou simplesmente está ignorando os fatos e acontecimentos diários? Será que já se esqueceu do fantasma da hiperinflação que assombrou a nação em anos passados?
O mundo está à beira de um colapso financeiro. O capitalismo voraz que proporciona riqueza, ao mesmo tempo convive com milhões de pessoas na pobreza. Os governantes com péssimas gestões e envoltos em corrupções, causam pobreza e miséria ao redor do globo. O marketing voraz hipnotiza as pessoas e as levam para um consumismo exacerbado que culmina em dívidas e mais dívidas.
Neste ínterim, o povo de Deus, aos milhares, como insetos numa teia, são envoltos no emaranhado veneno mortífero do consumismo. Muitos estão endividados com cheque especial, cartões de crédito, empréstimos financeiros, agiotas etc.... alguns beiram à loucura e não sabem mais o que fazer. Um desespero total!
A vida espiritual de muitos envolvidos nessa situação, deixa de ser a mesma de antes, cônjuges e filhos tem abandonado a igreja, casamentos arruinados, muitos perdem a esperança e já não sabem mais o que fazer e no que crer. Não é por falta de conselhos, pois tanto a Bíblia quanto os Escritos inspirados alertam quanto ao cuidado com as finanças.
Como pastor, ao visitar as pessoas, percebo diversas angustias que tem origem nas finanças. Se tão somente, as pessoas fossem mais cuidadosas e não se precipitassem em obter acessórios da moda, equipamentos tecnológicos ou coisas desnecessárias, muitos dos problemas seriam sanados, pois o equilíbrio falaria mais alto e não a “posse” de um bem.
Não há nada de errado em obter as coisas. No entanto, se essas mesmas coisas irão tirar o seu sono, pense muito bem antes de adquiri-las. Invista primeiro no espiritual. A própria Bíblia diz: “Buscai em primeiro o reino de Deus e a Sua justiça e demais coisas serão acrescentadas” (Mt. 6:33).
Se esse conselho fizer parte da vida de todo cristão, a igreja do Deus vivo não padecerá angustias desnecessárias, mas seguirá confiante rumo ao seu objetivo. Até porque, fazer parte do cristianismo,  tem uma grande vantagem, pois o mesmo se preocupa com os mínimos detalhes da vida, com diversos incentivos e publicações que oportunizam uma vida totalmente equilibrada.
Portanto, siga o exemplo de Faraó, ouça conselhos, trabalhe afinco e reserve em celeiros. Aproveite bem o tempo das “vacas gordas” e “espigas cheias”. Não confie cegamente em seus talentos, na economia e em governos, mas confie sempre no profeta, pois através da palavra do mesmo, você terá uma vida de abundancia no tempo da fartura que proporcionará segurança em momento de escassez.






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