Precisamos de Poder Para Proclamar
Por Célio Barcellos
No “Reavivados Por Sua Palavra” de, 04/11/2014, a ênfase foi na missão de João Batista. Ele foi uma criatura estranha, que se vestia simples, possuía uma dieta nada agradável e vivia recluso. Porém, sua reclusão não era de um essênio eremita que deixava de estar entre o povo. As suas aparições na sociedade, chamavam tanto a atenção que multidões iam até o Jordão para ouvir suas duras, porém, verdadeiras e sábias palavras (Mt 3:4,5).
As mensagens proferidas pelos “Joãos” modernos, poderão soar impopulares, porém, são mais do que atuais, por justamente mostrar que a mudança de vida serve para todas as pessoas de todos os tempos. É claro que uma criatura nos moldes de João Batista atualmente, no estilo e comportamento, soará mais do que estranho. No entanto, não se deve desprezar ninguém pelo modo como se vive, principalmente se a pessoa for usada pelo mesmo Espírito que usou a João.
Vivemos num mundo onde a convenção social conta muito para ser aceito. Estar bem vestido, seja de terno e gravata bem como toda e qualquer boa indumentária, promovem "status" ao ser humano, mas jamais o poder necessário para uma transformação interior.
A reflexão sobre a vida de João Batista me fez lembrar um texto que a Prof.ª Sônia Gazeta, trabalhou em sala de aula por ocasião do início do teológico em 1999 no (UNASP, Campus Eng. Coelho, SP). O texto de Craig A. Dossman, pastor em Oklahoma à época diz o seguinte:
"Hoje a igreja tem tudo de que precisa mas não tem poder. Temos pastores formados, diáconos preparados, musicistas magistrais, comissões de planejamentos, comissões de organização e comissões para cuidar de comissões. Temos bons edifícios, complexos educacionais, centros para variados propósitos, órgãos de tudo, lustres suspensos que observam, do alto, bancos estofados e tapetes que se estendem de parede a parede. Temos todos os tipos de adorno para a igreja, só não temos poder. E um bom conteúdo de conversa teológica não substitui a falta de poder. Aprendi que as pessoas não se importam, na verdade, com quanto eu sei, a menos que elas saibam o quanto eu me importo com elas."
Esse texto de Dossman é muito oportuno para todos que convivem com padrões exigidos por uma sociedade cada vez distante, dos exigidos pela Palavra. Mesmo em meio a tudo isso, o que se espera daqueles que proclamam as palavras que João proclamou, é o viver em sociedade, sem necessariamente estar alienado à mesma, e sem jamais deixar de viver o que se propôs a proclamar.
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