O monstro valentão


Por Célio Barcellos

Um machão, entupido de bomba
Agride a esposa, como um animal selvagem
Pontapés e socos de um insano covarde
Desacordada ela fica, em plena garagem.

Quem dera, Tatiane Spitzner se defendesse. 
Soubesse pelo menos Jiu-jitsu ou caratê
Para resistir com confiança
As brutalidades de um covarde ser

Como advogada, defendeu pessoas.
Mas como esposa, sofreu calada.
Aguardou esperançosa, a mudança de alguém
Que na realidade, não valia nada

Mesmo que do alto, não a tenha atirado 
Ainda assim, é um tremendo culpado.
As agressões e quem sabe os cortes,
A fez buscar refúgio, na própria morte

Num País de instâncias em que bandido tem vez
Logo logo, se é que for preso, estará livre outra vez
Mas, se porventura, for ao xilindró
Encontrará marmanjos, que baterão sem dó.

E agora? 
Resta aos pais chorarem e os parentes lamentarem.
Não terão a Taty de volta, mas esperam algo acontecer.
Pois o fortão testosterona, cheio de banca e valentia
Em momento sofrerá, os efeitos, da covardia. 

Comentários

  1. Até que ponto a covardia de um ser totalmente estúpido pode chegar. Realmente, vivemos em uma sociedade onde a maldade e impunidade, caminham juntas e a família sofre grandemente ao ver um ente querido foi vítima de tão grande barbárie .

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