Um soldado do céu


Por Célio Barcellos

Na tarde de segunda-feira (13 de maio), já quase noite e num clima frio, o corpo do valente soldado Atílio Menegazzo tombou na sepultura. Não houve condecorações militares ou salva de tiros por alguém que tenha combatido no Afeganistão, Vietinã, ou simplesmente um "pracinha", membro da Força Expedicionária Brasileira que lutou na Segunda Guerra.

Não! Não foi esse o tipo de honrarias recebidas por carregar uma metralhadora e pesada munição em defesa do país. Mas recebeu honrarias do Grande Deus, por "combater o bom combate, cumprir a carreira e guardar a fé". A arma que carregou foi a Bíblia. Capaz de dar 66 tiros e derrubar milhares numa só alvejada. Não para matar, mas para salvar pecadores de um mundo cruél. 

A medalha desse soldado, foi a certeza do dever cumprido e a presença constante da sua querida esposa Dilcéia, que o acompanhou por 43 anos. Também a sua prole; seus irmãos; seus amigos e um considerável número de ministros presentes. Digo ministros, não de governo, mas ministros do Senhor.

Para quem conhenceu e conviveu com Atílio Menegazzo, o tinha como uma verdadeira figura pastoral. Alguém que exerceu o ministério no mais profundo censo do serviço. Trabalhou na simplicidade e sem reclamar.

O pouco contato que tive com o Pr. Atílio, foi o suficiente para perceber que eu estava diante de um homem de Deus. A primeira vez em que conversei com ele, foi em 2011, por ocasião do Concílio Ministerial da Divisão Sul Americana, na cidade de Foz do Iguaçu. Sentamos juntos à mesa para jantarmos e começamos a prosear. Mas que prosa maravilhosa! Conversamos sobre nossas origens e de coisas agradáveis do ministério. 

Tão logo ele jubilou, um amigo seu de infância, por nome Jurandi Souza, membro de uma das igrejas em que pastoreio o visitou e me passou o seu contato. Imediatamente passei para o ministerial do Campo, Pr. Paulo Zahn, para que soubesse da presença desse "herói de guerra" em nosso território.

Infelizmente, o Pr. Atílio não pode desfrutar da sua tão merecida jubilição e nem continuar a servir ao ministério que tanto trabalhou e amava. Sei que teria a disposição se quando solicitado pelo Campo, protamente atenderia, pois tinha o vigor de um garoto. Aos 66 anos de idade, ainda jogava bola, subia em árvores e muitas outras estripulias. Porém, uma enfermidade silenciosa interrompel a sua alegria.

Mas ainda não é o fim. Ele que sempre pregou sobre a Bendita Esperança da Volta do Senhor e consolou a muitos na Esperança da ressuireição (1Ts 4:13-18), está agora aguardando o cumprimento da promessa. Que a família e amigos creiam no que o Pr. Atílio Menegazzo sempre pregou! Maranatha! 

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