O Cristo Se infiltra para salvar e não destruir



Por Célio Barcellos

Em meio à multidão tudo pode acontecer. Se na França ou na Bélgica em Sant-Denis ou Bruxelas, do oriente ao ocidente, tudo pode acontecer! Onde tem gente, ele se infiltra. Do Bataclan ao aeroporto, nas ruas ou no metrô, tudo pode acontecer. Na liberdade de ir e vir, todos se tornam suspeitos e ao mesmo tempo, vítimas.

Como um barril de polvoras recheado  de explosivos, o suicida parte na irracionalidade de sua empreitada. Ali, no aglomerado de pessoas ele se torna implacável, impiedoso e sem nenhuma compaixão; somente nutre um desejo doentio que faz gerar terror e morte. Um ato insano, aplaudido por mais algozes.

As consequências do seu ato não são medidas. Disposto a destruir o máximo de pessoas em nenhum momento é solidário. Não pensa na dor e sofrimento de suas vítimas. Para ele, o que importa, é o seu "harém" na suposta eternidade. A religião, de tal maneira o cegou que a sensibilidade do amor desapareceu, ou talvez ele nunca permitiu ser irradiado por esse dom.

Age como se estivesse fazendo o bem, porém, só faz o mal. Transmite "um deus" difícil de aceitar, a não ser por medo e obrigação.

Cá pra nós! Entre esse "deus" e o Cristo, prefiro o Cristo.

Porque fiz essa escolha? Porquê Ele Se infiltrou em meio à multidão, sem máscaras, sem bombas e sem nenhuma intenção de prejudicar ou explodir pessoas. Ele viveu a essência do amor. Ou melhor: Ele é o próprio amor.

Transmitiu para a multidão que o amor não é um sentimento que vai, volta e logo desaparece. Mas nos ensinou que o amor é "um princípio ativo que conhece somente o bem".

Porque escolhi o Cristo? Porquê Ele respeita a liberdade e também as diferenças. Ele até fica triste quando na escolha da minha felicidade procuro escapes que prejudicam a mim e ao meu próximo. Ainda assim, Ele me observa com o intuito de me proteger e me resgatar sem nenhum desejo mal por mim. Por isso, é minha obrigação ceder e não somente querer ganhar.

Pois é... Entre o terror e amor, escolha o amor. O terror não leva ninguém a nada a não ser às ruínas e vazios deixados.

Ah, mais um detalhe! Faça como o Cristo. De a vida ao invés de tirá-la.

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