Pra ontem! o desespero tem pressa

foto: meioambientedrd.blogspot.com

Por Célio Barcellos

“O cheiro da cidade inteira é de peixe morto. O Rio Doce está morto.”

A frase acima, extraída do jornal A Gazeta, dessa sexta-feira (13), é de uma moradora de Governador Valadares, cidade do leste mineiro, que também foi afetada pela catástrofe de uma barragem rompida na cidade de Mariana. A situação é tão desesperadora que já é apontada como a maior calamidade do país. Certamente, as pessoas da região banhadas pelo Rio Doce, estão sem palavras, sem ações, somente gritam, clamam por seus mortos e desaparecidos; contam com as nossas palavras, mas sobretudo, com as nossas ações.

Quantos sonhos perdidos! Quantas nostalgias se foram! As casas onde moravam, os quintais onde as crianças brincavam, as escolas onde se ensinavam, o rio onde se banhavam, efim... tudo ruiu! Tudo se foi... Um rio morto, cheira podridão, pois toda uma cidade morre.

Querido amigo desse vasto Brasil! Deus Se importa com  você, para que você se importe com as pessoas. É preciso falar sobre Deus,  porém nunca se eximir da responsabilidade social. Transforme essa tragédia em oportunidade para ajudar as pessoas. Seja solidário!

Além de orar pelos atingidos, orem também pela Samarco e por seus proprietários. Não julguemos de forma unilateral, mas avaliemos bem, pois, as famílias dependem do bom funcionamento da empresa. É de onde tiram o sustendo. A justiça saberá punir os possíveis erros. Façamos a nossa parte!

Esse é o momento, em que as barreiras filosóficas, culturais, religiosas e sociais devem dar lugar à solidariedade. Ricos e pobres, evangélicos e católicos, espiritas e budistas, ateus e agnósticos, judeus e árabes,  todos... todos em prol das vítimas de Minas e Espírito Santo. São milhares de pessoas sem abastecimento de água, em função das contaminações por dejetos de minério.

Como adventistas estamos empenhados para fazermos o melhor que pudermos. A nossa Agência Humanitária - ADRA, está com as mãos na massa. Não podemos fazer tudo, mas nos empenharemos ao máximo.
Lembre-se: Enquanto bebemos água, há pessoas com sede; enquanto tomamos banho, há pessoas sem banhar a dias; enquanto estamos cheirosos, há pessoas fétidas; enquanto comemos, há pessoas com fome; Enquanto... enquanto... enquanto...! Existe... existe... existe...! Sempre haverá essa bipolaridade: um possui o outro não. Ei, você! O que fará?

Não fique parado, mas se esforce por seu semelhante e diga: “Tragam os pães, os peixes e as águas que eu farei chegar a quem precisa. É pra ontem! Pois  quem tem fome e sede, não pode esperar.

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