Toda jornada tem o seu fim
Por Célio Barcellos
Na segunda-feira, 01/08, após um mês em São Paulo, minha família e eu pisamos novamente em "solo" Espírito-Santense. Como é bom retornar para casa! O mesmo sentimento deve ter pairado em cada colega da IX Turma do Mestrado em Teologia. Brasileiros, chilenos, angolanos, e um boliviano, conviveram durante três módulos, de forma fraternal e acadêmica.
Ao chegar em seus destinos, cada um reencontrou amigos, familiares e os desafios do pastorado. Particularmente, quando pisei em Vitória nesse retorno, fui informado da triste notícia do falecimento do irmão Adolfo Rodrigues, pioneiro da Igreja de Carapina, Serra-ES. Essa igreja, "sede" do Distrito, nasceu na garagem desse distinto irmão. Juntamente com a sua esposa Orcília Pereira Rodrigues carinhosamente chamada de Nina (70 anos de casados) desenvolveram um ministério leigo e bastante frutífero para honra e glória de Deus.
Batizado em 1945, no final da Segunda Grande Guerra, procurou exercer um cristianismo autentico e produtivo. Era um estudioso da Bíblia e do Espírito de Profecia. Possuía o Novo Testamento e o livro de Salmos na memória. Era um evangelista nato e amava dar estudos bíblicos. Conduziu várias pessoas ao batismo, muitas das quais exercem funções de liderança em Carapina e em outras igrejas.
Pai dedicado e muito amoroso. Sua maior realização foi ver os filhos todos formados e conhecer os netos e os bisnetos. Teve 5 filhos: Walci Rodrigues, foi Procurador do Estado; Wailton Rodrigues, Médico; Waldeir Ester, Dentista; José Teófilo, Advogado e (Waldeci, falecida).
Era um homem versátil. Foi comerciante, farmaceutico e vereador por vários pleitos nas cidades de Resplendor e Santa Rita do Itueta, ambas em Minas Gerais.
Foram 93 anos bem vividos. Levava muito a sério os pricípios de saúde promovidos pela Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). Tanto no alimentar, quanto nos exercícios. Até antes de ser internado, todos os dias ia caminhar. Se estivesse chovendo, pegava o guarda-chuvas e caminhava assim mesmo. Era disciplinado.
Por morar em Jardim Camburi, escolheu a igreja daquele bairro para congregar. Mas possuía uma forte ligação com Carapina. O líder daquela igreja, o pastor Joel Carvalho, esteve sempre presente. Tanto em visitas pastorais quanto na unção. Cheguei a levar a Santa Ceia para o casal e ministrar a unção na saudosa irmã Nina.
Juntamente com o querido pastor Joel, realizei a cerimônia fúnebre. Pudemos ali falar aos presentes, da vida desse grande homem de Deus, que amava a Cristo e Seu evangelho. Apesar do momento triste, cantamos "Sempre Alegre", seu hino predileto. Também lemos (Salmo1:1), texto que carregava em seu coração.
Portanto, mesmo que a vida em algum momento nos impessa de chegar em nosso destino vivos, tenham a certeza de que um dia voltaremos para o lar. Ou melhor: o verdadeiro lar de alegria, vida e eternidade.
Maranatha!!
Maranatha!!
Que lindo texto! Muito obrigada pastor por suas palavras. Além de tudo isso, sempre foi um avô carinhoso e exemplar. Saudades! Até a volta de Cristo vô.
ResponderExcluirNão há de que. O seu avô foi alguém diferenciado na obra do Senhor. Que Deus te abençoe!
ResponderExcluir